terça-feira, 4 de outubro de 2011

Procurando a fazenda dos Opalas

Bom dia pessoal. Bom, não cumpri minha promessa de postar esta viagem na segunda-feira, porem meu motivo é nobre e vocês ão de compreender.

Neste ultimo fim de semana fomos para a cidade de Guzolandia, pequena cidade no noroeste paulista cerca de 85km de Fernandópolis (O QG dos Caçadores de Ferrugem).
Saimos cedo e nosso objetivo era encontrar a lenda da fazenda com nome de Santa e que era abarrotada de velhos opalas loucos por um resgate. E la fomos.

Durante o trajeto fizemos uma parada em General Salgado, uma cidade proxima para reabastecer os suprimentos de salgadinhos e refrigenrante, dar o famoso "Tete" para o João Pedro (meu filho de 8 meses) e se informar sobre alguns lugares da cidade, descobrimos que havia ali dois ferros-velho, e para la fomos. Porem para decepção geral da nação somente havia ali Gols, Brasilias, Fuscas, Fiats e Corceis. (sim eu sei, um dia isso ainda vai valer muito, mas é que sou fã de grandes capos e motores).
No segundo Ferro-Velho havia um belo opala 75-79 coupe, na cor bronze, porem ninguem para nos atender. Mal sabiamos que começaria ali o maior carma de toda a viagem, as portas fechadas.

Estrada a frente, General Salgado para tras, rumo a GUZOLANDIA.
O tempo estava estranho, o sol ardia porem havia muitas nuvens e tudo estava abafado. Conforme nos aproximavamos da cidade alvo um estranho temporal se formava a nossa direita.
Chegamos a Guzolandia, cidade de economia voltada a cana de açucar recentemente. A Primeira tentativa de informações sobre que direção seguir foi em um posto logo na entrada, ninguem sabia da tal fazenda. Rumei até o ferro-velho da cidade e novamente nada, no segundo posto de gasolina porém, descobri o Brasil.

Um senhor ja de idade me indicou que havia uma fazenda, não com o nome de "Santa Cecilia" como me foi passado, mas popularmente conhecida como "Fazenda do Banco". Informou onde haveria um senhor que pudesse me informar melhor a direção e para la fui, porem surpresa, não havia ninguem em casa.

Voltei ao posto de gasolina e no caminho encontrei um belo opalão coupe branco 75-79 guardado dentro de uma garagenzinha, minha sorte começou a mudar? que nada, o dono não vendia e nem estava em casa. Ja no posto de gasolina tive um susto, não estava mais la o velhinho que me falou da tal fazenda. Fudeu pensei.

Enquanto isso, o grande temporal estava estagnado, parado no céu quase como esperando a hora certa para aparecer.
Encontrei por sorte um leiteiro que me indicou o caminho da tal fazenda, rumamos novamente para o horizonte, a frente 20km de terra nos aguardavam.

Tremeliques daqui, buracos dali e olha só... que nuvem esquisita de poeira é aquela vindo em nossa direção? Há ta, lembrei... é a desgraça do temporal que estava parado, tentando agora fuder com nossa viagem. E ele veio com força e vontade, poeira para todo lado, janelas fechadas em um carro sem ar condicionado, na frente nada se via.

Assim seguimos, avançando um metro de cada vez até que cheguei na primeira cede. Corajosamente sai do carro, bati palmas e adivinhem... ninguem em casa. MERDA.
Toquei adiante e logo encontrei outra casa, nesta havia pessoas. O vento deu um tempo, ainda não caia agua. Perguntei sobre a tal fazenda do banco e o senhor me indicou o lugar, ficava mais uns 4km adentro da plantação de cana, porem ele me disse que la ele só sabia da existencia de um galaxie parado a muito tempo.

Seguimos viagem, abre porteira, come poeira, fecha porteira, come poeira, cheguei finalmente na casa cede da famosa fazenda do banco, e advinhem só, ninguem em casa. Procurei pelo caseiro e o achei em outra casa bem mais distante. Nessa hora eu ja estava mais sujo e encardido que muleque que trabalha em carvoaria ou calça jeans de mecânico porco. O cabelo se caisse uma bola em cima furava husahuashusasa.

O caseiro me informou da localização do tal galaxie, escondido em um mato proximo as antigas casinhas onde antes ficavam os trabalhadores da fazenda. Perguntei se ele nao poderia me acompanhar e recebi uma negativa como resposta, o motivo seria um incendio que ocorreu recentemente no local e que foi causa de uma grande discução com o pessoal da fazenda vizinha. Surpresa, o galaxie foi queimado no incendio. Bosta.

Rumamos para o lugar, nesta hora o temporal ja estava sobre minha cabeça, a cabeça da Andressa e do João Pedro, nuvens escuras, raios e trovões, otimo sinal pra quem quer andar no meio do mato.

Para chegar la, ainda tivemos que passar em uma estradinha cuja ponte havia caido e onde só sobrava espaço para o fiesta passar, sem nem 30cm de folga de cada lado. O mundo inteiro conspirava para a não descoberta daquele galaxie e eu ja começava a querer desistir.

Enfim achei, embaixo de uma mangueira, cercado por casinhas velhas e caindo aos pedaços, rodeado de capim alto e seco o velho e ainda majestoso Galaxie.
Semelhante em cor e modelo a este de cima.

Indescritivel aquela cena, sozinho, em uma clareira rodeada de mato alto, embaixo de uma mangueira, na companhia de um galaxie queimado mas ainda assim majestoso, vento, trovões, céu escuro. Fiquei pelo menos um minuto parado, no mais completo silencio observando aquilo. Serio, para mim foi um dos momentos mais fantasticos envolvendo carros antigos.

Saquei o celular "bom" para tirar uma foto e BU! outra surpresa. Sem bateria... Não fotografei nada no caminho da viagem para economizar o restinho de bateria que havia ali, e essa BOSTA nem ao menos liga! Inferno.
Não sobrou opção, recorri ao companheirinho de camera fraca e resolução baixa mas registrei o Galaxião, do parabrisas para tras totalmente queimado, irrecuperavel, mas do parabrisas para frente ainda estava incrivel e com aquele belo V8 repousando embaixo do capo.

Este foi o motivo de não ter postado na segunda esta historia, passei ontem o dia todo correndo atras de um cabo USB para este celular mas não achei, queria lhes mostrar as fotos. Por incrivel que pareça, a conspiração divina para que o mundo não conheça este belo galaxie até agora esta vencendo.

Sabe o que é engraçado, na volta, depois de ainda nos perdermos nas estradinhas da fazenda o temporal simplesmente "SUMIL", passou, sem nem ao menos fazer uma pocinha de agua na estradinha.

Fico feliz com esta viagem, achei uma coisa simplesmente sensacional, ainda que nao lhes possa mostrar, por enquanto, foi magico ver aquele carro. Ainda pretendo voltar la, melhor preparado e armado.
Na volta encontrei tambem um mavecão, mas sabe, depois daquilo tudo, quase passou despercebido.


NO PROXIMO TOPICO: A PRIMEIRA VEZ QUE VI UM LANDAU EM UMA FAZENDA.
NO PROXIMO FIM DE SEMANA: UMA INVESTIGAÇÃO COMPLETA PARA DESVENDAR A LENDA DOS DARTS ABANDONADOS, NÃO PERCAM shhusahusahusa

3 comentários:

  1. huahuahuahuahua, muito show de bola esta história, me interessei mais no maveco da volta, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, mas é assim, espero esta na próxima aventura.

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  2. O convite ta feito Zen! Basta matar o trampo hashuashuashusa

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  3. nossa que saga meu,ja aconteceu mtu comigo,sempre tem algo conspirando contra alguma coisa hahaha é de f*****

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